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Foto do escritorFernando Costa

VI Convenção da IL: da reeleição de João Cotrim Figueiredo ao chumbo da moção negacionista

A VI Convenção da Iniciativa Liberal (IL) de 12 de dezembro ficou marcada por críticas ao governo de António Costa, pelo chumbo de uma moção de natureza negacionista e pela afirmação de Cotrim Figueiredo de que "o voto útil" é na IL.

Foto: Manuel de Almeida / Lusa

Com 94% dos votos, o atual presidente da IL foi reeleito. Também a moção de estratégia global "Liberalizar Portugal 2022" foi aprovada com 688 votos a favor, 22 abstenções e 21 votos contra, assim como a comissão executiva do partido.


No seu discurso, Cotrim Figueiredo rejeitou a ideia de bloco central e assegurou que o partido poderá vir a ser "poder em Portugal". O líder da IL não poupou críticas ao Governo e afirmou que "o PS não é solução para os problemas do país". Cotrim Figueiredo descreveu ainda o PS como "incompetente em tudo menos na propaganda" e, de dedo apontado a António Costa, afirmou que o primeiro ministro "nunca sabe de nada, lava a mão de todo o tipo de problemas". O líder da IL acabou então por concluir que "o voto útil é o voto na IL".


A moção "Em defesa da Liberdade" de conotação negacionista acabou por ser rejeitada. A moção defendia que o partido deveria "defender a Liberdade Individual em tempos de paz, em tempos de guerra, em tempos de cólera, em tempos de covid".


A proposta rejeitada sublinhava ainda que a IL já desiludira e alienara "os Portugueses que amam a Liberdade" ao compactuar com limitações à Liberdade Individual impostas pelo Governo "a pretexto de um qualquer pânico moral". Como pretextos de "pânico moral", salientavam-se a emergência climática, os discursos de ódio e a pandemia da Covid-19. Em relação à última, a moção fez ainda referência ao facto de portugueses terem sido "coagidos a exporem-se a medicamentos experimentais pela exibição de certificados sanitários" e descreveu o mesmo certificado como "discriminatório" e "segregacionista".


Das moções aprovadas podem destacar-se a que apresenta uma proposta de revisão constitucional com o intuito de tornar todos os portugueses - e não apenas os de origem - elegíveis para se candidatarem à Presidência da República e a que sugere a alteração da legislação laboral de forma a dar regras iguais a trabalhadores do público e do privado em algumas áreas. A moção "Liberdade é sustentável" que pretende dar resposta aos "desafios das alterações climáticas" e outros problemas ecológicos, também foi aprovada.


João Cotrim de Figueiredo é o presidente da IL desde 8 de dezembro de 2019 e foi o primeiro deputado do partido eleito pelo círculo eleitoral de Lisboa. O partido já apresentou a sua lista de candidatos às eleições legislativas de 30 de janeiro, nas quais os liberais pretendem elevar o seu número de deputados para cinco.


O líder da IL assegurou que apenas está disponível para negociar possíveis coligações com o PSD e o CDS, de forma a criar uma alternativa ao governo de António Costa.

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