Liderado em Portugal por Tiago Matos Gomes, o Volt quer eleger dois deputados nas próximas eleições. Não descarta a hipótese de negociar quer com o PS, quer com o PSD, mas rejeita aproximações ao Chega.
Liderado em Portugal por Tiago Matos Gomes, o Volt tem como objetico eleger dois deputados nas próximas eleições legislativas de 30 de janeiro, ainda que o dirigente admita que conseguir entrar na Assembleia da República "já seria bom".
É a 25ª força política a surgir em Portugal, e apresenta-se como não sendo "nem de esquerda nem de direita". Tiago Matos Gomes admite, em entrevista ao Público, que “as pessoas estão desiludidas com boa parte dos partidos políticos e com os partidos clássicos e é altura de pensar mais nas pessoas e menos na tática política, como é costume. Isto sem ser populista, ou seja, que este descontentamento que existe, que está latente por um lado, está visível por outro, seja dirigido para partidos como o Volt, que é um partido moderado, do centro, e não para os extremos, nomeadamente para a extrema-direita como tem acontecido por toda a Europa e em Portugal também, pelo menos desde 2019”
Pautado pela defesa do federalismo europeu e do pan-europeísmo, defende a criação de um corpo militar europeu e a mudança da idade do voto para os 16 anos. O Volt surgiu em 2017 em reação ao Brexit, pela mão de um grupo de estudantes nos EUA. Foi fundado por Andrea Venzon, e já tem presença em países como Portugal, Alemanha, Bulgária, Bélgica, Espanha, Holanda, Itália, Áustria, Luxemburgo, Dinamarca, França, Reino Unido ou Suécia. Conta ainda com um eurodeputado eleito em 2019 - Damian Boeselager, eleito pelo Volt Alemanha.
O objetivo político do movimento internacional é conseguir “um Parlamento Europeu com iniciativa legislativa, um Senado representado de forma igual e ter um Governo e Presidente eleitos pelos europeus”.
O Volt apresenta candidatos em 18 círculos eleitorais para as eleições legislativas. Tiago Matos Gomes é o cabeça de lista por Lisboa, e João Nuno Pessanha encabeça a lista pelo Porto.